(Um visitante diz: “Há muitas vozes dentro de mim que dizem que estou sempre fazendo a coisa errada o tempo todo”).
Essa voz crítica nunca é sua. Quando você era criança, seu pai dizia: “Não faça isso”, e sua mãe dizia: “Não faça aquilo”. Aquilo que você queria fazer estava sempre errado, e aquilo que você nunca queria fazer era o que eles queriam que você fizesse, e era o certo.
Você está em uma dupla atadura. Você sabe qual é o “certo” a fazer, mas não quer fazê-lo; assim, se o fizer, será como uma obrigação. Então não haverá alegria e você sentirá que está se destruindo, que está desperdiçando a sua vida. Se você fizer aquilo que quer, você se sentirá culpado, sentirá que está fazendo algo errado.
Assim, você precisa se livrar de seus pais, e isso é tudo. E isso é algo muito simples, porque agora você está crescido e seus pais já não estão presentes; eles estão apenas dentro de sua mente.
Não estou dizendo para matar seus pais – o que quero dizer é que você tem de matar essa reminiscência do passado. Você não é mais uma criança, reconheça esse fato. Tome a responsabilidade em suas próprias mãos, é a sua vida. Assim, faça o que quer que você queira fazer e nunca faça o que não queira fazer. Se você precisar sofrer por isso, sofra. Precisamos pagar o preço por tudo, nada é de graça na vida.
Se você gosta de algo e todo o mundo condena esse algo, ótimo! Deixe que eles condenem. Aceite essa conseqüência; vale a pena. Se você não gosta de algo e o mundo todo chama esse algo de belo, isso não tem importância, porque você nunca desfrutará a sua vida se for seguir os outros. É a sua vida, e, quem sabe, amanhã você poderá morrer. Portanto, desfrute-a enquanto estiver vivo! Esse não é da conta de ninguém – nem de seus pais, nem da sociedade, nem de qualquer outra pessoa. Trata-se da sua vida”.
Autor: OSHO, For Madmen Only, #5
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