Você já começou a fazer um balanço de seu ano?

15 Dez

texto Escrito por Flávio Gikovate:

“Algumas pessoas ficam particularmente felizes, mas um grupo maior fica triste e outroas-promessas-de-final-de-ano ainda se sente profundamente deprimido. É o período do ano em que há maior incidência desse estado terrível, no qual as pessoas veem tudo negro, perdem as forças físicas e também as esperanças.

Esse sentimento pode ter várias causas. A mais comum é a sensação de desamparo e abandono que muitos experimentam.

Pessoas com a vida sentimental mal resolvida sentem até alguma inveja daqueles que vivem em família, ainda têm os pais vivos, inúmeros irmãos e primos. É claro que a inveja nem sempre está justificada, pois a maior parte daqueles que têm o convívio familiar mais estreito padece de inúmeras situações de rivalidade, disputa e conflito.

A sensação ainda pode se inverter, por exemplo, no período que antecede o carnaval. Nessa fase, as pessoas menos comprometidas com vínculos sólidos irão se divertir mais. Em dezembro todo o mundo quer estar casado; em fevereiro, solteiro!

Uma outra causa de depressão, típica desta época, tem a ver com a tendência de a maior parte das pessoas aproveitar a passagem do ano para fazer um balanço de suas vidas. Não deixa de ser razoável e útil pararmos, de tempos em tempos, para realizar uma revisão de como temos nos colocado diante dos desafios da existência.

Processo similar costuma ocorrer nos dias que antecedem o aniversário, especialmente aqueles que encerram mais uma década de existência. Fazer 30, 40, 50 ou 60 anos nos impõe uma auto-avaliação, cujo resultado nem sempre nos aparece como muito agradável.

Em dezembro, costumamos vivenciar a tristeza própria de não termos atingido todos os objetivos, de estarmos aquém dos nossos sonhos e expectativas. Mas a maior parte das pessoas faz esse balanço de vida de uma forma pouco criteriosa.

Muitas se deprimem mais do que deveriam, porque erram na “contabilidade emocional”. Por exemplo: se uma pessoa obesa fez, no início do ano, um projeto de perder 20 quilos durante 2013 e chega em dezembro com 10 quilos a menos, poderá ficar triste. Acredito que ela não tenha razões para isso.

Nossos sonhos e planos são as nossas metas: costumamos elaborá-los no início de cada período e a eles nos dedicarmos com algum afinco. Porém, raramente conseguimos realizá-los plenamente, porque nossa capacidade para imaginar será sempre maior do que a de realizar.

É o sonho que nos impulsiona. O importante é que tenhamos conseguido algum avanço, que tenhamos a sensação de que nossa vida evoluiu. As coisas que não foram atingidas continuarão na nossa agenda para o ano que virá, junto com nossas outras expectativas.

 Triste mesmo é quando as pessoas constatam que, ano após ano, estão no mesmo lugar. E vejam bem: estou me referindo muito menos aos projetos práticos e materiais do que aos avanços íntimos e espirituais.

Às vezes, penso que o grande sentido da vida é conseguirmos sair da Terra, 70 ou 80 anos depois de termos chegado, um pouco mais bem resolvidos interiormente. É termos sido competentes para dominar nossas disposições agressivas, aprendido a lidar melhor com frustrações e dores de todo tipo, desenvolvido a persistência, nos tornado mais corajosos para fazer com que nossos sonhos se realizem. Enfim, é termos sido capazes de ter olhado interiormente, a ponto de nos tornarmos mais independentes do julgamento das outras pessoas.

E, nesse setor da vida interior, os avanços são muito lentos e difíceis. Qualquer progresso mínimo já deve ser motivo de grande alegria e de sonoras comemorações.

Desejo a todos vocês que, em dezembro de 2014, estejam com o coração cheio de orgulho e de contentamento pelo que puderam fazer por si mesmos e pelos outros no ano que irá começar.

Não há dinheiro ou coisa material que se iguale, em termos de satisfação, a esse tipo de sensação interior!”

Mude sua vida para melhor!

Mari Geuer

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